segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

A HISTÓRIA DA IGREJA - BIOGRAFIA DE ANDREW MILLER



Andrew Miller era natural do vilarejo de Kilmaurs, Ayrshire (Escócia) onde nasceu em 27 de janeiro de 1810.

Ainda jovem, ele entrou na empresa Smith, Anderson & Co. em Glasgow, cuja filial em Londres ele veio a gerenciar. Mais tarde, essa empresa trocou de nome para Miller, Son & Torrance. O seu filho, Thomas B. Miller, igualmente um servo do Senhor, o seguiu na liderança dessa empresa. 


Ainda durante o seu tempo na diretoria de sua grande empresa, ele chegou a ser por um bom tempo pregador leigo em uma comunidade batista escocesa em Londres. Foi ele quem deixou construir a capela. Quando estava em Londres, pregava nessa sua capela, porém a metade de seu tempo estava ocupado em ajudar em ações evangelísticas em várias regiões do país. 


Conforme um relato próprio de Andrew Miller, nessa época ele foi convidado por um cristão de assistir uma reunião de estudo bíblico, que acontecia semanalmente na casa desse irmão. Ele aceitou o convite, mas, por ser esse tipo de reunião completamente desconhecido por ele, foi vestido de smoking. Descobriu, então, assustando que foi ele o único visitante vestido dessa forma! Inicialmente, todos foram à sala de jantar, e em seguida aconteceu o estudo da Palavra na sala de estar. Depois da oração, leu-se, com toda a reverência, uma passagem das Sagradas Escrituras e seguiu uma conversa bastante cativante, em cujo decorrer se explicava as verdades da Bíblia.


Andrew Miller descobriu que todas essas verdades ainda lhe eram completamente desconhecidas; esqueceu a sua vestimenta fora do normal e decidiu de visitar também o próximo estudo, caso o anfitrião o convidasse outra vez. Assim aconteceu, e enquanto frequentava semana após semana esses estudos, aprendeu mais e mais da maravilhosa verdade de Deus, dos Seus desígnios e dos Seus amor e graça na redenção. 


Assim chegou ao ponto que certo domingo nos anos 1852 ou 1853 declarou à sua comunidade, que não podia mais continuar a ser o pregador deles. A partir da semana seguinte, ele queria se reunir exclusivamente com aqueles que reconheciam e desejavam praticar os princípios bíblicos com respeito a se reunir no Nome do Senhor Jesus. A maior parte de sua comunidade voltou no próximo domingo, para se reunir desde então em separação do mal na base da unidade do Corpo de Cristo. A partir dessa época, Andrew Miller começou a ocupar um lugar cada vez mais estimado entre os irmãos com os quais agora era um.
Ele era um evangelista com um coração cheio de amor aos perdidos e para muitas almas idosas e jovens se tornou a ferramenta da conversão delas. Raras vezes anunciou o evangelho sem que lágrimas corressem por seu rosto, enquanto falava do amor do Senhor Jesus, tentando despertar as consciências de seus ouvintes. Foi bastante desgostoso para ele ver, quão pouco interesse pelo evangelho havia nas igrejas locais que visitava. 


Por outro lado, Andrew Miller, na sua condição de orador altamente dotado, também conseguia prender os seus ouvintes crentes de tal forma, que eram capazes de ouvir as suas pregações por um espaço de tempo extremamente prolongado sem que cansassem. 


Andrew Miller era amigo de C. H. Mackintosh e em conjunto com esse irmão publicou, a partir do ano 1858, durante muitos anos a revista mensal “Things New and Old” (“Coisas Novas e Velhas”). Nessas revistas, quer serviam de bênção para muitos, a verdade para os crentes foi explicada e exposta de maneira simples e clara, e ao mesmo tempo também de maneira minuciosa e carinhosa. Era também Andrew Miller que encorajou C. H. Mackintosh a escrever as suas “Notas sobre o Pentateuco”. Ele mesmo escreveu um prefácio a essa obra e financiou em grande parte a impressão. Miller publicou também  A História dos Irmãos, no qual narra a trajetória dos crentes que se apartaram do sistema religioso para se reunir somente ao nome do Senhor Jesus.


Andrew Miller também era amigo de John Nelson Darby. Quando esse último estava já em seu leito de morte, Andrew Miller estava seriamente doente e se encontrava em Bournemouth. Diariamente John Nelson Darby se informou do bem-estar de Andrew Miller. Aproximadamente um ano mais tarde, no dia 8 de maio de 1883, também Andrew Miller entrou no lar, para estar com o seu Senhor. Havia trabalhado muito para Ele e, antes de seu fim, ainda sofreu muito. Quando, no final de sua vida, olhou para o passado, contemplou o presente e viu o futuro diante de si, certa vez exclamou com bastante ênfase da profundeza de sua alma: “Não há nada que conte senão Cristo somente!”.


A HISTÓRIA DA IGREJA DE ANDREW MILLER - UM RESUMO DAS SETE IGREJAS


Um Resumo das Sete Igrejas


  • Éfeso: Em Éfeso o Senhor detecta a raiz de todo o declínio. "Deixaste teu primeiro amor". Ela é ameaçada a ter seu castiçal removido a menos que se arrependa. Período: da era apostólica até o final do segundo século.

  • Esmirna: A mensagem a Éfeso é geral, mas para Esmirna é específica. E, apesar de aplicada àquela assembleia naquele tempo, ela prefigura, de forma muito marcante, as repetidas perseguições pela qual a igreja passou sob os imperadores pagãos. No entanto, Deus pode ter usado o poder do mundo para deter o progresso do mal dentro da igreja. Período: do segundo século até Constantino.

Pérgamo: Aqui temos o estabelecimento do Cristianismo por Constantino como a religião do Estado. Em vez de perseguir os cristãos, ele os patrocina. A partir daí a queda da igreja avança rapidamente. Sua aliança profana com o mundo resultou em sua mais triste e profunda queda. Foi então que ela perdeu o verdadeiro sentido de sua relação com Cristo no Céu, e de seu caráter como peregrina e estrangeira na Terra. Período: do começo do quarto século até o sétimo século, quando o papado foi estabelecido*.


  • Tiatira: Em Tiatira vemos o papado da idade média, em semelhança à Jezabel, praticando todo o tipo de maldade, e perseguindo os santos de Deus, sob o disfarce de zelo religioso. No entanto, havia um remanescente temente a Deus em Tiatira, a quem o Senhor conforta com a brilhante esperança de Sua vinda, e com a promessa de poder sobre as ações, quando o próprio Senhor reinará. Mas a palavra de exortação ao remanescente é: "Mas o que tendes, retende-o até que eu venha" (Apocalipse 2:25). Período: do estabelecimento do papado até a vinda do Senhor. Este período vai até o fim, mas é caracterizado pela idade das trevas (idade média).

  • Sardes: Aqui vemos a parte Protestante da Cristandade que surgiu após a grande Reforma. As características falhas do papado desaparecem, mas o novo sistema não tem vida em si mesmo. "Tens nome de que vives, e estás morto" (Apocalipse 3:1). Mas há, ainda, verdadeiros santos dentro desses sistemas sem vida, e Cristo conhece a todos. "Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso" (Apocalipse 3:4). Período: do século XVI até hoje. Período marcado pelo início do Protestantismo após a Reforma.

  • Filadélfia: A igreja da Filadélfia apresenta um remanescente fraco, porém fiel à palavra e ao nome do Senhor Jesus. O que os caracterizava era o fato de guardarem a palavra da paciência de Cristo, e de não negarem Seu nome. A condição deles não era marcada por qualquer exibição de poder, nem de coisa alguma grande externamente, mas de uma próxima, íntima e pessoal comunhão com o Senhor. Ele está no meio deles como o Santo e o Verdadeiro, e é representado como sendo o dono da casa. Ele possui "a chave de Davi". Os tesouros da palavra profética estão disponíveis para aqueles que estão dentro. Eles estão também desfrutando de Sua paciência, e na expectativa de Sua vinda. "Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra." Período: especialmente a partir da primeira parte do século XIX.

  • Laodiceia: Em Laodiceia temos mornidão - indiferença, latitudinarismo** ou ecumenismo - mas com altas pretensões, um espírito arrogante, e grande auto-suficiência. Este é o último estado daquela que leva o nome de Cristo sobre a Terra. Mas, que lástima! Isso é intolerável para Ele. Sua condenação final é chegada. Tendo separado, para Si mesmo, cada verdadeiro crente das corrupções da Cristantade, o Senhor os vomita de Sua boca. Aquilo que deveria ter sido doce a Seu paladar se tornou enjoativo, e é lançado fora para sempre. Período: começando quase em paralelo ao período de Filadélfia, mas especialmente próximo à cena final. Está ativa no período em que vivemos agora.

Tendo assim tomado uma visão geral das sete igrejas, devemos agora nos esforçar, com a ajuda do Senhor, a traçar brevemente estes diferentes períodos da história da igreja. Nosso propósito é examinar mais detalhadamente cada uma das sete epístolas enquanto avançamos com nosso estudo para que possamos verificar, à luz da Palavra, os diferentes períodos por elas referidos, e o quanto os fatos da história da igreja ilustram a história apresentada nas Escrituras nesses dois capítulos. Que o Senhor possa nos guiar, para o refrigério e bênção de Seus queridos.


(* O título "Papa" foi primeiramente adotado por Higino no ano de 139, e o Papa Bonifácio III induziu Focas, Imperador do Leste, a concedê-lo ao prelado de Roma em 606. Ainda com a conivência de Focas, a supremacia do papa sobre a igreja cristã foi estabelecida - Dicionário de Dados de Haydn)


(** Nota do tradutor: latitudinarismo é uma seita inglesa que sustenta a máxima tolerância religiosa e a doutrina de que todos os homens se salvarão. Similar ao universalismo}






GÊNESIS 11 - A BÍBLIA COMENTADA DE NORMAN BERRY


Deus nunca permite que Satanás atue em algo além da carne. 


GÊNESIS 11 Gn 11:1-9 Ligue estes versículos ao parágrafo acima.


 A palavra "Babilônia" nas Escrituras é também uma figura da corrupção idólatra. Israel foi levado cativo para a Babilônia porque desobedeceu a Deus e se tornou idólatra. O crente que brinca com o mundo perderá seu poder e se tornará cativo de Satanás. No dia da tribulação haverá uma corrupção idólatra que se manifestará até ao máximo logo antes do Senhor vir em poder e destruir tudo.


 A torre de Babel levou à dispersão do povo. Uma maneira de lembrar o que Babilônia representa é esta - "Egito" é o mundo de onde a "igreja" foi chamada para fora, e "Babilônia" é uma figura do mundo para dentro do qual a "igreja professa" acabou entrando.


 Gn 11:10-26 Repare como caiu a idade das pessoas. Matusalém viveu 969 anos (5:27), depois Arfaxade após o dilúvio (filho de Sem) - vers. 12-13, viveu 438 anos. Éber (versículos 16-17) viveu 464 anos, a maior idade após o dilúvio. Gn 11:20 Após a dispersão de Babel, Reú viveu 239 anos. A vida foi mais uma vez encurtada nos dias de Abraão, pois ele viveu 175 anos (25:7). No Salmo 90:10 Deus determinou 70 anos, e isso não mudou muito desde então. Mas o Senhor Jesus era para ser cortado na metade de Seus dias (Sl 102:24) ou cerca de 33 anos de idade. Gn 11:27-32 Abrão (mais tarde seu nome foi trocado para Abraão 17:5) nos é apresentado.


BÍBLIA ONLINE


11:1 E ERA toda a terra de uma mesma língua e de uma mesma fala. 
11:2 E aconteceu que, partindo eles do oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e habitaram ali.
11:3 E disseram uns aos outros: Eia, façamos tijolos e queimemo-los bem. E foi-lhes o tijolo por pedra, e o betume por cal. 
11:4 E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra. 
11:5 Então desceu o SENHOR para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam; 
11:6 E o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer. 
11:7 Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro. 
11:8 Assim o SENHOR os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade. 
11:9 Por isso se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o SENHOR a língua de toda a terra, e dali os espalhou o SENHOR sobre a face de toda a terra. 
11:10 Estas são as gerações de Sem: Sem era da idade de cem anos e gerou a Arfaxade, dois anos depois do dilúvio. 
11:11 E viveu Sem, depois que gerou a Arfaxade, quinhentos anos, e gerou filhos e filhas. 
11:12 E viveu Arfaxade trinta e cinco anos, e gerou a Selá. 
11:13 E viveu Arfaxade depois que gerou a Selá, quatrocentos e três anos, e gerou filhos e filhas. 
11:14 E viveu Selá trinta anos, e gerou a Éber; 
11:15 E viveu Selá, depois que gerou a Éber, quatrocentos e três anos, e gerou filhos e filhas. 
11:16 E viveu Éber trinta e quatro anos, e gerou a Pelegue. 
11:17 E viveu Éber, depois que gerou a Pelegue, quatrocentos e trinta anos, e gerou filhos e filhas. 
11:18 E viveu Pelegue trinta anos, e gerou a Reú. 
11:19 E viveu Pelegue, depois que gerou a Reú, duzentos e nove anos, e gerou filhos e filhas. 
11:20 E viveu Reú trinta e dois anos, e gerou a Serugue. 
11:21 E viveu Reú, depois que gerou a Serugue, duzentos e sete anos, e gerou filhos e filhas. 
11:22 E viveu Serugue trinta anos, e gerou a Naor. 
11:23 E viveu Serugue, depois que gerou a Naor, duzentos anos, e gerou filhos e filhas. 
11:24 E viveu Naor vinte e nove anos, e gerou a Terá. 
11:25 E viveu Naor, depois que gerou a Terá, cento e dezenove anos, e gerou filhos e filhas. 
11:26 E viveu Terá setenta anos, e gerou a Abrão, a Naor, e a Harã. 
11:27 E estas são as gerações de Terá: Terá gerou a Abrão, a Naor, e a Harã; e Harã gerou a Ló. 
11:28 E morreu Harã estando seu pai Terá ainda vivo, na terra do seu nascimento, em Ur dos caldeus. 
11:29 E tomaram Abrão e Naor mulheres para si: o nome da mulher de Abrão era Sarai, e o nome da mulher de Naor era Milca, filha de Harã, pai de Milca e pai de Iscá. 
11:30 E Sarai foi estéril, não tinha filhos. 
11:31 E tomou Terá a Abrão seu filho, e a Ló, filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã; e vieram até Harã, e habitaram ali. 
11:32 E foram os dias de Terá duzentos e cinco anos, e morreu Terá em Harã.